mulher falando em público segurando microfone

É difícil concorrer com o medo de falar em público quando consideramos os medos humanos.

Ele sempre figura entre os primeiros e mais difíceis de serem vencidos.

O problema não é sentir o medo, afinal medo é uma emoção comum como tantas outras. E todas as nossas emoções são naturais, ou seja, nascemos sabendo como senti-las. O problema está no quê dispara esse medo.

Alguns autores apostam de forma bem acertada no motivo que envolve o julgamento que podemos receber do público sobre nós. Esse é, certamente, um dos principais motivos que dispara nossa ansiedade no momento de falar em público, concorda?

Outro motivo é não conhecer técnicas de comunicação para falar bem. E neste sentido, é importante reforçar que, a Oratória não é como a comunicação do dia a dia. Basta lembrar que nossa fala diária é toda improvisada e a Oratória deve ser pensada a partir de uma estrutura de começo, meio e fim, além de atender a uma série de requisitos de boa comunicação e relacionamento com o público, só para pensar nas coisas mais iniciais dessa arte antiga.

O medo de falar em público pode ser vencido?

Para compreender bem sobre isso, devemos saber posicionar os elementos da forma correta desde o início. Começo pela afirmação de que o medo é um efeito e não uma casa. E não é possível resolver o efeito sem abordar a causa.

Nesta mesma abordagem, também será importante considerar que, o medo, sendo uma emoção, torna necessário que, a causa esteja também dentro do mesmo campo, ou seja, o campo psicológico, psíquico, emocional.

Assim considerando, vamos descartar a tentativa de resolver uma questão emocional a partir de aspectos puramente racionais. Como exemplo, consideremos alguém que busque resolver um trauma emocional através de repetições de frases positivas. Provavelmente o efeito disso pode ser pequeno demais para ser sentido na medida da necessidade real de quem sofre ao falar em público e sente um misto de medo e pânico.

A partir desse posicionamento podemos seguir para o alvo da nossa ação retificadora.

Quais os reais motivos do medo de falar em público?

Se quisermos olhar com sinceridade para o real problema, deveremos considerar que este habita de fato dentro de nós; não no público.

Através de uma abordagem psicológica, poderíamos rapidamente identificar nossa insegurança, no que se refere à sustentação de nossa oralidade diante de grupos, a partir da percepção que temos dos olhos que nos observam. Eles nos fitam com a expectativa de receber um conteúdo efetivo, real, verdadeiro, responsável. Pessoas sem experiência de falar em público temem diante dessa situação nas primeiras vezes.

Este primeiro ponto poderíamos chamar de: Autoconfiança.

Ou melhor ainda, a falta dela. Aqui identificamos a falta de nos sentirmos hábeis para corresponder a tal modo de relação.

De outra maneira também deveríamos lançar um breve olhar para a questão: Você se avalia positivamente como um comunicador de público? Se sua resposta for não, teremos um segundo veredicto sobre nossa falta de elementos internos para levar a cabo a missão de falar bem em público: A Auto Imagem positiva.

Ou, também como no primeiro caso, a falta dela. Avaliar-me incompetente para o feito só vai me fazer sentir mal ante a exigência da ação.

Somando-se a estes dois, um terceiro e fundamental elemento, todos dentro do campo mais íntimo do ser, salta à vista, justamente ao observarmos trejeitos e o comportamento físico geral dos novos oradores ao se apresentarem. É que eles parecem tímidos.

Não sustentam o olhar, desviando para cima ou para baixo. Mal conseguem ficar parados no palco, apoiados sobre seus dois pés; balançam como pêndulos invertidos, apoiando-se quase desequilibradamente, ora num pé ora noutro, tornando o visual desequilibrado, dando ao público um show de expectativa de queda.

Ao se apoiarem sobre uma das pernas, colocam o pé oposto no chão apoiado apenas pelo calcanhar com a ponta do sapato apontado para o teto em atitude displicente. Em outra variação desta postura, jogam uma das pernas para trás apoiando a ponta do calçado no chão, lembrando um comportamento mais adolescente.

As mãos parecem não encontrar lugar apropriado no espaço para se acalmarem. Movimenta-se freneticamente ou se escondem, seja nos bolsos, seja às costas. Gestos abaixo da linha da cintura ou escandalosos e em excesso poluem o visual. Vícios na linguagem, pequenas dubiedades e até gagueiras superficiais aparecem.

Essas e outras tantas atitudes posturais de insegurança demonstram claramente uma baixa estima pessoal. Este o terceiro elemento dentro do campo particular do indivíduo que sente a angústia interior de ter que se dirigir a um grupo de pessoas, sejam desconhecidas ou não.

Revisando:

  1. Autoconfiança
  2. Autoimagem
  3. Autoestima

O leitor poderia questionar se ainda não faltaria aqui o conhecimento das técnicas de boa comunicação para falar em público.

E a resposta é um claro sim. No entanto, podemos firmemente considerar que na maioria dos casos, falar em público não requer erudição, ou profundo conhecimento da língua, bem como educação refinada. Daí que deixamos para segundo plano o conhecimento das técnicas que vão, com vantagem, alavancar a habilidade natural de comunicação de qualquer pessoa, a novos e melhores patamares, parta ele do ponto que estiver.

Por ora, vamos nos ater apenas aos aspectos que mais suscitam queixas dos novos falantes.

Como resolver esse conjunto de inseguranças

A partir do momento em que reconhecemos o real ambiente onde se encontram nossos desafios para enfrentar uma audiência, vamos dar o primeiro passo. O primeiro esforço será em desacreditar que o público deseja o nosso mal. Pelo contrário, o público tem atitude passiva, a nossa é a única ativa durante o evento da Oratória.

O público espera que nos saiamos bem ao falar. Percebemos essa expectativa no modo como as pessoas nos olham.

Resolvendo os 3 aspectos psicológicos

Além disso, o público prefere que sejamos confiantes ao entregar nossa mensagem. Esta confiança deve estar enraizada em nosso íntimo. Ela deve existir em função da consciência de que somos dignos de falar, de que o conteúdo é de nosso domínio e também que estamos preparados para a tarefa que vamos enfrentar.

Quando afirmamos que estes pontos fazem parte dos aspectos psicológicos, queremos considerar que eles influenciam nossos comportamentos. O outro deles que chamamos de autoimagem, pode demonstrar, através de nossos maneirismos, nossa sensação de desencaixe durante a exposição. Quando o corpo não se manifesta confortavelmente pode estar demonstrando uma incoerência com as circunstâncias.

Se alguém não se vê na posição de quem pode falar bem em público, ou ainda, não se avalia positivamente como quem pode executar a Oratória, isso acaba aparecendo através de um comportamento que demonstra timidez, por exemplo.

Soluções simples pedem ações simples

A solução para esse caso é fazer uma revisão da imagem que temos de nós mesmos como falantes.

De forma simples, é começar a se imaginar na sua melhor performance como orador. Criar pequenas sequências mentais de como seríamos se falássemos com total segurança, tranquilidade, confiança e fluidez.

Mas não basta apenas imaginar, devemos fazê-lo com sentimento, de modo dramático mesmo. De preferência treinar essas novas formas ainda não experimentadas. Isso vai nos servir de prática para o desenvolvimento de um novo comportamento, totalmente adequada para a oratória.

Veja a si mesmo se manifestando diante de sua audiência de tal forma que você carrega sua exposição do sentimento correspondente ao tema.

Para resolvermos o aspecto da autoestima, devemos nos voltar para o quanto nos amamos, nos queremos bem, nos aprovamos.

Pessoas que se colocam diante de um público e se comportam inseguras, buscando olhos de aprovação, raramente os encontrarão no público.

Nossa estima deve ser positiva. Isso se demonstra diante do público. Quando a temos acima da média, o público sente e gosta.

Basta nos lembrarmos de que o público sente o que o orador sente. Se estiver inseguro é isso o que o público vai sentir também. E não vai gostar do orador.

Uma autoestima forte é o sinal de que você se avalia bem, positivamente. Respeitar-se é aspecto necessário para quem se expõe publicamente já que vai precisar dispensar este mesmo respeito pelos presentes.

Para isso também será de grande ajuda manter-se focado no tema, atento à sequência previamente elaborada do conteúdo a ser entregue. Deverá se manter envolvido também da intenção que vai nortear suas colocações.

Essas serão as emoções que deverão ser sentidas pelo comunicador que desempenhará muito bem para qualquer público e em qualquer evento.

Consegue se ver fazendo assim? Comece por se imaginar fazendo, depois sentindo o melhor que puder. Na sequência treine como se já fosse. Certamente vai notar diferença em suas atitudes. Faça com convicção, sabendo que você também merece e pode realizar.

terapeuta atendendo paciente no consultório

O que diz a psicologia sobre esses medos de falar em público?

Resolvi me estender neste ponto já que algumas pessoas ainda não conseguem resolver seus medos com as abordagens acima. Parece que lhes faltam algum entendimento que ao menos complemente o diagnóstico a fim de que eles tenham os motivos reforçados para decidirem pelas técnicas propostas.

Sendo assim, vejamos duas possibilidades que se apresentam frequentemente entre meus alunos. Ambas podem ser classificadas dentro do campo da psicologia como trauma ou fobia.

O trauma é o nome que se dá ao resultado de uma experiência emocionalmente negativa e suficientemente forte para causar um novo comportamento, geralmente de aversão. Em muitos casos, a memória também é afetada, experimentando por parte da pessoa que viveu algo assim, certos esquecimentos da primeira experiência traumática.

A fobia é justamente o nome que se dá ao comportamento de aversão, de afastamento. Ele é aprendido em função da nossa busca natural de preservação diante de situações ameaçadoras ou perigosas.

Exemplo de situação que cria trauma na infância

Imagine uma situação onde uma família com um filho pequeno recebe a visita de um outro casal também com um filho pequeno. Os adultos se sentam para conversar na sala e mandam as crianças brincar em outro recinto. Em certo momento, o filho do casal da casa, vem correndo em direção aos seus pais gritando que venceu no jogo que estava brincando com seu novo amiguinho. Por conseguinte, leva um bronca do pai, que lhe chama a atenção por estar se dirigindo aos adultos, cortando a conversa, coisa que ele não deve fazer sem pedir licença ou coisa do tipo.

Você consegue imaginar que essa criança sentiu essa experiência de forma tão profundamente emocional que lhe causa um pequeno trauma. Além disso, essa experiência pode significar para ele, de forma generalizada, que não se deve dirigir aos adultos quanto estão reunidos.

Eis o trauma instalado. E um novo comportamento também; o de se negar a falar diante de grupos de pessoas, adultos, líderes, etc. Somado a esse novo comportamento, o sentimento de incompetência, ou seja, o de não saber como fazer quando quiser ou precisar se dirigir a grupos de pessoas. Aquela criança que aprendeu esse novo comportamento na infância vai se tornar o adulto que nunca se educou sobre o mesmo tema.

Ambos os problemas podem ser resolvidos e a psicologia, através de terapias breves inclusive, podem contribuir grandemente para o alívio das sensações desagradáveis, ou ainda da eliminação do problema.

Uma das formas de alívio é justamente o enfrentamento das sensações através dos exercícios propostos neste artigo. Outras formas vão se dar através das técnicas mais elaboradas das terapias psicológicas e alternativas. Na maioria dos casos não é necessário chegar ao consultório, um curso de oratória que contemple abordagens minimamente terapêuticas pode ajudar muito.

Resolva esta situação com a atitude certa.

Em meio a tudo isso o mais importante é saber da possibilidade da solução. Não se deve, sob desculpa de sofrimento psicológico e emocional, se render ao mesmo. Deixar que este quadro perdure na vida, só vai manter nossa história paralisada. Decida que vai resolver e tome uma atitude positiva a seu favor. Acredite nas possibilidades que existem e muita gente tem se beneficiado delas. Fazer um curso de Oratória é uma importante ação a ser feita se você se viu neste artigo. E nestes sentido eu posso ajudar. Tenho em meu currículo mais de 165 turmas apenas do curso de Oratória, sempre com resultados satisfatórios. Você pode conhecer os comentários de meus alunos se fizer a busca pelo meu nome no Google. Digite Sidnei Miranda, curso de Oratória e descubra agora mesmo.

Eu estarei lá te esperando para vencermos estes desafios. Ajudar você a ter uma vida mais feliz é o meu desafio.

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